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A busca de qualidade zootécnica e arrojo na estruturação do criatório são os pilares que sustentam a seleção do Haras Vista Verde.
Especializando-se no Quarto de Milha de Corrida, o haras conta com estrutura que lhe permite fazer o manejo ideal para cavalos de performance que necessitam de cuidados especiais em todos os detalhes para seu pleno desenvolvimento.
Localizado no quilômetro 116 da rodovia Castelo Branco à apenas 30 km do Jockey Club de Sorocaba, o criatório possui 33 piquetes em capins transvalla, tifton, coast-cross, jiggs e florakirk, 05 Centros de Manejo, 27 baias, redondel e um sistema viário planejado que permite o acesso a todo o Haras de qualquer veículo, independente das condições climáticas.
O Haras Vista Verde tem hoje 20 anos.
Todo o Haras foi construído por nós. Do primeiro capim plantado a cada árvore. Iniciamos com éguas mestiças, passando para puras, depois nos especializando na linhagem de corrida do Quarto de Milha. Fizemos e cumprimos todos os passos importantes do aprendizado profundo e sólido. Nunca “cortamos caminhos”.
“Apanhamos” muito no começo com compras mal feitas, resultados ruins nas pistas, mas nunca desanimamos. Passamos até por “gozações” dos que acompanharam a luta com pouco resultado.
Quando surgiam resultados como DALILOCA TIMETO – finalista de carazinho, DENIS JET, ganhador de seis corridas e do GP Texaco, ELEGANTE DASH, líder da geração, HILARY FILLY – ganhadora craque no Paraguai, ouvia-se: “isso é só sorte”.
Como sorte em inglês é LUCK, ou “LABOR UNDER CORRECT KNOLEDGE”, fui aperfeiçoando meus conhecimentos, seguindo um caminho de muita dedicação e trabalho, ATÉ QUE O SONHO SE TORNOU REALIDADE. Em 2.002 o Haras VISTA VERDE já foi o grande destaque do ano, como LÍDER DA GERAÇÃO ESTREANTE, entre todos os criadores do Brasil. Surgiram os nomes de JOHNNY VERDE, JEEP VERDE, JAMAICA VISTA, JORDAN VERDE, JULIANA VISTA, todos clássicos.
Quando achávamos que nada mais poderia acontecer, surgiu a grande craque KELIA VISTA EM 2.003
Selecionamos com o tempo as melhores matrizes, entre ela HIP DECK, mãe da Kelia.
Cobrimos sua mãe com Signed To Fly, esperando o melhor cruzamento possível.
Nasceu em 2.000, da nossa geração de letra “K” a KE LIA (Lia é nome da minha esposa).
Todo ano, o Haras Vista Verde realiza seu Leilão Super Yearling, onde coloca TODA a geração a venda, evitando que algum cliente possa achar que escolhemos o melhor para não vender. Em 2.002 foi à mesma história, colocamos a venda toda a geração de 2.000.
Kelia Vista foi adquirida pelo meu amigo Jorge Caballero do Paraguai, para um seu amigo que já tinha tido muito sucesso com uma irmã de Kelia, a famosa “ÍNDIA”.
Por problemas particulares, este não pode ficar com a Kelia, que acabou ficando para defender as cores do Haras Vista Verde em 2.003.
KELIA VISTA teve uma campanha no Brasil, das mais impressionantes.
Sua vitória no G.P. Brazilian Futurity, foi tão marcante, e justamente num final de semana que estavam presentes o Diretor de Marketing de Los Alamitos Jeff True e o Jockey americano Joe Badilla Jr: aí recebemos o primeiro convite, e “ascendeu uma luz forte dentro de mim”.
O Consultor e Engenheiro Agrônomo responsável pelo Haras Vista Verde Dr. Ricardo Muradas, por sua larga experiência internacional, foi definitivo: “Mauro e Marcos, vocês tem que levar esta potranca, para correr nos Estados Unidos”.
Com este “bombardeio” de idéias e informações decidimos conhecer o mercado americano do Quarto de Milha de corrida, com mais profundidade. Nada melhor que ter esta experiência do que com a KELIA.
Acompanhado do meu filho e de meu grande amigo Benny Rosset, visitei várias vezes a Califórnia, mais precisamente Los Alamitos, o mais importante hipódromo de Quarto de Milha do mundo. Conhecemos várias pessoas, vários treinadores, criadores, e decidimos aprender na prática com a Kelia e a Fishers Horizon do Benny.
O raciocínio era lógico e simples: a Kelia estava invicta nunca havia perdido uma corrida, ganhara a Tríplice coroa, vamos enviá-la aos Estados Unidos, correr todos os riscos de viagem adaptação e correr lá fora. Se der certo, ótimo! Se não der certo: ÓTIMO TAMBÉM, por quê a KELIA não precisa provar mais NADA para ninguém, e se não tiver sucesso nos EUA, trará lindos potrinhos dos melhores Garanhões do mundo ao pé e na barriga, além de ter nos ensinado muito sobre as corridas e o mercado americano.
Foi por isso que encerramos a carreira dela no Brasil, em agosto de 2003. Fizemos uma transferência de embrião com o garanhão NORDICK ONLY, todos os preparativos necessários, e em novembro a embarcamos para os EUA.
Como nada foi fácil desde que iniciamos o Haras, o tratamento para o embarque foi trabalhoso e complicado, mas na ÚLTIMA tentativa, ela conseguiu ficar pronta para o embarque.
Escolhemos um treinador nos Estados Unidos e tivemos a satisfação de nossos treinadores, Levir e Rivail acompanharem a viagem delas para Los Alamitos.
De novo, como nada é fácil para nós, Kelia perdeu 50 kilos em 8 dias: entre a viagem e o período que passou na quarentena. E 50 kilos para uma égua como a Kelia que nunca passou dos 480 kilos foi muito.
Dá para imaginar o espanto de todos que a receberam em Los Alamitos: “Esta é a invencível no Brasil”, passou a ser o comentário.
Uma das coisas que mais me orgulho em minha conduta é a transparência nos meus atos, e é por isso que decidi fazer o “INFORMATIVO KELIA VISTA” e distribuir aos meus amigos, criadores, proprietários e treinadores, que sempre torceram para a Kelia no Brasil, e merecem continuar tendo informações CORRETAS, sem distorções de como ela está nos EUA. Assim, continuamos tendo a torcida dos amigos, e com notícias boas e às vezes não tão boas, vamos contando esta nova história da Kélia nos Estados Unidos.
A KELIA VISTA é uma égua que ganhou 09 corridas de fevereiro a agosto de 2.003 no Brasil. Saiu invicta do Brasil, correndo contra os bons animais que correram no ano passado. KELIA é o cavalo QUARTO DE MILHA que mais dinheiro ganhou em toda história da raça no Brasil. KELIA VISTA É TRÍPLICE CORADA, tem todos os títulos dos grandes prêmios que disputou, não foi um só, foram 05 clássicos. KELIA VISTA ganhou o Grande Prêmio Potro do Futuro, não seria justo com ela que você não mais acompanhasse sua trajetória nos EUA, ou acompanhasse de forma errada de alguém que apenas “ouviu falar”.
A ESTRÉIA: Após um longo período de recuperação de peso, aclimatação, Kelia estava pronta para estrear.
Foi aí que passou 3 semanas “pronta para correr”, sem que os dirigentes do Hipódromo de Los Alamitos decidissem se ela poderia correr um páreo de Alowence, prova onde tradicionalmente estréiam os brasileiros exportados.
Mais uma: KELIA VISTA foi o primeiro e ÚNICO animal quarto de milha do Brasil que Los Alamitos NÃO PERMITIU estrear num páreo de alowence, teve que estrear direto num Handicap de Grupo 3: “Miss Princess Handicap” contra algumas das melhores éguas do mundo.
Na sua estréia, no dia 10 de abril de 2004, acompanhei ao vivo sua corrida, e ficamos muito felizes, não pelo 4o. lugar obtido pela Kelia nesta prova, mas pela bela corrida que fez, ficando a menos de meio corpo dos vencedores (já que houve dois vencedores, num empate), e a cabeça do terceiro lugar.
Sentimos um grande alívio: embora não tenha sido a corrida da Kelia que conhecemos, ela marcou o melhor tempo entre todos os brasileiros que estrearam naquele final de semana, já era AAA em Los Alamitos, e sentimos que ela tinha passado a primeira grande prova nesta nova fase nos EUA.
Tinha corrido pela primeira vez sem trilhos, pela primeira vez à noite, pela primeira vez com 57,20 kilos nas costas (a mais pesada do páreo), pela primeira vez com um jockey que nunca tinha montado nela, e marcou 17,666s nos 320 metros, (marca pior do que já fez no Brasil). Ganhou U$ 2.040 pelo 4o. lugar nesta prova de Grupo 3, e estávamos começando os preparativos para correr o Vessels Maturity Grupo I em julho. Tudo no caminho certo.
Tendo se colocado em 4o. lugar na prova de Grupo 3, permitiram que a Kelia corresse então uma prova de Allowance em 23 de abril.
Uma “barbada” pensamos nós, e todos apostadores americanos que indicavam a Kelia como franca favorita no páreo, dividindo a preferência com uma potranca Corona Cartel.
Marcos, meu filho, foi ver a corrida pessoalmente. Kelia Vista desta vez decepcionou, colocando-se em 5o. lugar, logo atrás da bela corrida da Daytona Apollo que se colocou em 4o (tive a felicidade de vender a mãe da Daytona para o MRL).
Todo este aprendizado fez parte de planos incríveis que estávamos desenvolvendo em conjunto com nosso amigo Benny.
Como falei com meu filho Marcos, toda história do Haras não foi fácil e esta má apresentação da Kelia, nos trouxe muitas lições, e principalmente nos ajudou a refletir e a agradecê-la cada vez mais por tudo que fez por nós e dizer a ela claramente que ela tem direito de um dia na vida não estar com aquela vontade que sempre teve. Acontece para todos nós.
Tivemos que ouvir sempre o experiente Levir, e transmitir ao treinador de lá as soluções vitoriosas do Levir com a Kelia aqui no Brasil, para que ele pudesse implementá-las.
Esta derrota, serviu para colocar mais um degrau no caminho que traçamos, ou será que era o fim da KELIA nas corridas? Será que era hora de aposentá-la? Será que estava na hora da Kelia curtir todas suas maravilhosas conquistas e ir para a reprodução? Será que não correria mais?
Quem me conhece sabe de minha insistente persistência em todos os desafios.
Outras corridas vieram, e em setembro de 2004 uma saudade incrível da nossa Kélia nos abalou.
Marcamos uma viagem para a noite da última quarta-feira daquele mês. Visitaríamos a Kelia, participaríamos de um leilão nos EUA, assistiríamos as corridas em Los Alamitos. Pedimos ao Juan, treinador da Kelia para inscrevê-la num allowance. Queríamos vê-la correr. Indo ao Aeroporto, falamos com ele e não tinha conseguido inscrevê-la nem para correr na quinta, nem sexta e nem sábado. Restava o domingo, num páreo só de machos, com ganhadores de mais de U$ 140.000. Pedi para confirmar a Kelia (única fêmea) queríamos vê-la em ação.
Chegamos quinta feira a Los Alamitos e curtimos tudo ao máximo, até a hora da chegada de sua corrida na prova mais importante do Domingo.
Foi aí que numa noite inspirada e com uma chegada emocionante, nossa “craque” KELIA VISTA nos presenteou com sua primeira vitória no concorridíssimo hipódromo de Los Alamitos nos Estados Unidos, com um brilhante índice de velocidade AAAT 104.
Foi uma vitória ao estilo da Kelia. Ela sabia que estávamos lá. Queria ganhar, e ao fazê-lo só faltava nos dizer: “TÁ VENDO, AGORA ESTOU ME ACOSTUMANDO COM OS GRINGOS”. Ela sabia que ganhou. Estava feliz, e nós também.
Mais uma vez sentimos algo indescritível. Nossa menina que já tinha provado tudo para todos, nos dava um novo presente, uma vitória em solo americano para o Haras Vista Verde, com um índice de 104. (figura abaixo: vitória de Kelia em Los Alamitos)
O mais tradicional Grande Prêmio do Quarto de Milha do Brasil é o Potro do Futuro.
Nesta 26ª edição deste importante Grande Prêmio que teve sua final corrida no último sábado 12/07/2003 no Jockey Club de Sorocaba, com a vitória de nossa criação e propriedade KELIA VISTA.
Na versão deste ano, 115 animais foram inscritos, 25 correram as classificatórias e a vitória coube à nossa invicta KELIA VISTA que já acumula ganhos de R$ 468.000,00.
Quem já nasceu princesa, torna-se rainha naturalmente.
A história de Orly começa quando sua mãe, Kelia Vista, estava aguardando para ser exportada. Enquanto preparavam os exames e a documentação necessária, decidimos tirar um embrião da égua invicta com 9 vitórias e recordista em somas ganhas no Brasil com o também invicto em 9 corridas Nordick Only.
Orly já nasceu grande e com muita saúde. Prestava atenção em tudo a sua volta. Ela não gostava de contato com gente, sempre que entravamos em seu piquete, ela se afastava e nos olhava de longe. Depois de desmamada, Orly continuou tímida. Enquanto as outras potrinhas de sua geração nos cercavam no piquete, ela sempre olhava de longe. Ela era inconfundível. Sempre maior que as outras, mais elegante, digna de seu sangue real.
Seu comportamento mudou muito depois de seu primeiro aniversário. A timidez foi embora e ela se mostrou muito dócil e carinhosa. Era sempre a primeira do piquete a nos dar “Boas Vindas”. Quando iniciou os treinamentos, todos tinham muitas esperanças com a “filha da Kelia”. Ela era dócil, respeitosa e séria. Tinha tudo para dar certo. Em seus primeiros galopes, foi percebido que ela dava passadas largas, mas ela não mostrava muita velocidade. Suas 3 primeiras corridas, refletiram seus trabalhos. Foram corridas regulares: 2º na estréia e 2 terceiros lugares. Sabíamos que ela podia mais. Aí veio sua primeira vitória, e Orly começava a mostrar grande melhora. O que se seguiu foi arrebatador: 5 vitórias consecutivas! 110 de índice! Mesmo com todo este sucesso de seu primeiro ano competindo, sabíamos que não estava rendendo 100%.
Orly tinha uma lesão no joelho que a atrapalhava. Foi operada e descansou por 5 meses no haras. Após o merecido descanso, voltou a treinamentos. Estava mais madura, séria e calma. Com apenas 60 dias de treinamento foi inscrita no GP mais tradicional para éguas: o GP Rainha da Velocidade, contra as maiores feras do Brasil. Nós sabíamos que ela não estava com 100% de sua forma física, mas queríamos encarreirá-la como preparação para os seus próximos objetivos. Orly, mais uma vez, nos surpreendeu. Venceu e convenceu, a classificatória e a final. Não deu chance! Foi de emocionar. Era o sangue real mostrando sua força.
Agora podemos dizer com toda a segurança que ela não é mais apenas a filha da Kelia, mas sim a GRANDE ORLY! A RAINHA DA VELOCIDADE!
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Valores em R$
Serão cobradas à parte despesas como:
a) medicamentos utilizados
b) atendimento veterinário
Estresse, corre-corre, vida agitada sem hobby é chamar cansaço, desânimo e desmotivação. Você pode ter um cavalo Quarto de Milha de Corrida como hobby e quem sabe até virar investimento…
Imagine-se num final de semana junto com sua família torcendo por aquele potro que se prepara para “largar”. É vibrante é emocionante e anti-estressante, principalmente se, após a corrida, você tirar a foto de vencedor com seu cavalo e sua família.
Por uma pequena quantia por mês, você tem esse hobby. Mais barato que barco, moto, etc.
E sabe o que até pode acontecer? Seu cavalo pode ganhar prêmios de R$ 50 mil à R$ 700 mil durante a temporada. Em 2012 o Jockey Club de Sorocaba distribuiu R$ 4 milhões em prêmios.
Historia
O cavalo Quarto de Milha é originário dos Estados Unidos, sendo um cavalo que se destaca pela versatilidade e velocidade.
Definição
O Quarto de Milha é um cavalo “de explosão” daí, sua especialidade ser “Um Quarto de Milha (402 metros)”. A maioria das corridas de Quarto de Milha no Brasil são feitas nas distâncias entre 275 e 503m em pista reta.
Índice de Velocidade (I.V.)
De acordo com os resultados do último ano, cada Hipódromo realiza uma tabela com os Índices de Velocidades (I.V.). esta tabela atribui um índice, de acordo com o tempo que o cavalo fez em determinada distância.
Registro de Mérito (R.O.M.)
Animais que fizerem Índice de Velocidade entre 80 e 89 receberão o Registro de Mérito, AA (Double A), com Índice de Velocidade entre 90 e 99 receberão o Registro de Mérito AAA (Triple A) e com Índice de Velocidade superior a 100 receberão AAAT (Top Triple A).
Participação nos Páreos
A Diretoria do Jockey Club realiza “chamadas” para Páreos onde os animais poderão ser inscritos naqueles Páreos que mais se adequem a sua categoria.
As chamadas tem como objetivo, a participação por páreo, de animais da mesma categoria.
Estas chamadas normalmente combinam atributos como idade, sexo, I.V., número de vitórias, etc.
Exemplo de uma chamada:
“Animais com 2 anos Hípicos e com Índice de 90 à 99”.
As chamadas, às vezes, poderão dar “vantagem” de peso à animais com menor Índice de Velocidade, visando sempre um equilíbrio.
Exemplo:
Na chamada acima exemplificada o animal que tem Índice de Velocidade 90 poderá correr com 48 Kg, enquanto que o animal com Índice de velocidade 99 correrá de 53 Kg.
Peso
O peso mencionado é a somatória dos pesos de jóquei mais os acessórios de montaria. Caso não atinja o peso estabelecido receberá “plaquinhas” de chumbo para completar o peso necessário.
Idade dos Animais
Todos os animais completam um novo ano hípico a cada dia 1º de Julho após o seu nascimento, independente da data real que tenha nascido. Portanto o animal que nasceu em agosto de 2010 completa seu primeiro ano Hípico em 1º de Julho de 2011, o mesmo ocorrendo com um outro animal que nasceu em Outubro de 2010.
É comum no Brasil, os animais iniciarem sua campanha nas pistas com dois anos e meio hípicos.
Temporada de Monta
A temporada de monta no Brasil (período que normalmente cobrem-se as éguas), inicia-se em Agosto e termina normalmente no final de Janeiro.
Isto porque, como a gestação de uma égua é de onze meses, as éguas cobertas em Agosto parirão em Julho do outro ano, as cobertas em Setembro parirão em Agosto do outro ano e assim por diante.
Animais “bem nascidos”
Chama-se de animais bem nascidos, aqueles que completarem seus anos hípicos o mais próximo possível de seu aniversário real, portanto o nascido em Julho é mais bem nascido que o de Novembro.
Yearling
Chama-se de Yearling o animal com um ano hípico e que ainda não completou o segundo ano. Esta é a melhor fase para se comprar um produto de corrida pelo fato de se ter certeza que ele ainda não foi “testado”.
Desmamado
É aquele que parou de mamar em sua mãe (no quinto ou sexto mês de vida) e ainda não completou 1 ano hípico.
Quando se inicia o treinamento para as corridas?
Normalmente, os animais iniciam o processo de doma e preparação de treinamento para as corridas quando completam dois anos hípicos.
Futurity
Chama-se de Futurity os Grandes Prêmios realizados num ano calendário reservado aos animais que iniciam o ano com os dois anos hípicos e no segundo semestre contarão três anos hípicos.
Derby
É o Grande Prêmio realizado para os “cavalos velhos”, que iniciam o ano calendário já com três ou mais anos hípicos.
Torneios
São normalmente Grandes Prêmios realizados com uma quantidade de animais que impossibilitam a realização de um só páreo. Daí, são realizadas eliminatórias cujos vencedores (que fizeram o “terno”)classificam-se para a final.
Lance de obrigação
É comum existir um lance de obrigação nos páreos ou torneio. Este lance vale como uma pule do proprietário do animal em uma das rodadas do enfrene.
Enfrene
É um jogo realizado no sistema de leilões. Os animais de cada páreo, ou torneio, têm suas “pules” leiloadas. O comprador da primeira pule tem o direito de escolher o animal de sua preferência para vencedor. O comprador da segunda pule poderá escolher outro animal, com exceção do primeiro já escolhido, e assim por diante até que todos os animais tenham sua pules compradas. O prêmio do vencedor, será a somatória do valor de todas as pules menos a comissão do Jockey Club.
Como escolher um potro de Corrida?
O objetivo ao escolher um potro ou potranca é tentar comprar o “craque”.
É aí que começam as emoções da corrida. Não existe regra lógica para escolher-se um craque, existem probabilidades:
Pedigree
é a família do animal. A probabilidade de se ter um animal bom é diretamente proporcional a quão bom são seus pais. Logicamente o preço do potro varia também por este fato.
Um produto cujo o pai e mãe foram bons corredores, tem grande probabilidade de ser um grande corredor. Se seus pais produziram outros animais corredores, também a probabilidade de ser igual aos seus irmãos é grande.
Filhos de mães produtoras de craques são sempre muito valorizados.
Algumas vezes, éguas ainda não tiveram oportunidade de mostrar seu potencial reprodutivo. Nestas ocasiões, este produto pode custar barato, sempre com chance de até tornar-se um craque.
Conformação
é o “tipo”, como indivíduo. Para ser um bom corredor o animal deve ter estrutura de atleta: ossos fortes, boa musculatura, bons aprumos, conjunto equilibrado, ancas(empurradores)fortes, bom peito, etc…
É importante solicitar ajuda à criadores mais antigos ou outros profissionais se você ainda não tem segurança de analisar a conformação de um animal.
De quem comprar
A criação é um item importantíssimo. É como o potro foi “cuidado” durante o período mais importante de sua vida: do nascimento à idade de ser vendido. A alimentação, manejo e sanidade que recebeu são fundamentais.
Criadores tradicionais, que costumam divulgar seus Haras têm sempre um nome a zelar.
Comprando deles é natural que você tenha mais tranqüilidade.
Onde comprar
A comercialização dos potros da linhagem de corrida é feita diretamente nos Haras ou em Leilões.
Para o iniciante talvez a maneira mais fácil de se comprar seja através de Leilões, pela quantidade de animais apresentados, que facilita a comparação e até pela facilidade das condições de pagamento.
A credibilidade e idoneidade dos Leilões, hoje em dia, é muito grande.
Quanto custa um potro Quarto de Milha de Corrida
Há uma variedade muito grande de preços. Porém, podemos dizer que variam numa faixa de R$25.000 à R$150.000. Qualquer valor tanto a maior como a menor não são regras normais.
A média dos leilões de potros Quarto de Milha de Corrida no ano de 2011 girou em torno de R$ 63.460,00 nos principais leilões de SP.
Stud
É o nome do seu “time”, quando você tem um ou mais cavalos e não tem Haras.Correrão com o nome do teu Stud.
O Stud pode ter um ou mais donos, que é válido até para a divisão de custos. As despesas são divididas, as emoções não…
Quem pode ter um Quarto de Milha de Corrida
Qualquer pessoa que queira um hobby, goste de cavalo, das emoções das corridas, e que tenha disponibilidade de uma despesa mensal entre R$ 1.000 e R$ 1.500, equivalente ao custo de treinamento e manutenção do animal no Jockey Club de Sorocaba.
A grande vantagem deste hobby é que como qualquer hobby custa algo por mês, porém no Quarto de Milha de Corrida este hobby pode trazer retornos muito além do que apenas satisfação pessoal. Este hobby pode virar um investimento.
Origem da Raça
A raça Quarto de Milha foi a primeira a ser desenvolvida na América. Ela surgiu nos Estados Unidos por volta do ano de 1600. Os primeiros animais que originaram foram trazidos da Arábia e Turquia à América do Norte pelos explorados e comerciantes espanhóis. Os garanhões escolhidos eram cruzados com éguas que vieram da Inglaterra, em 1611. O cruzamento produziu cavalos compactos, com músculos fortes, podendo correr ditâncias curtas mais rapidamente do que nenhuma outra raça.
Com a lida no campo, na desbravação do Oeste Norte-Americano, o cavalo foi se especializando no trabalho com o gado. Nos finais de semana, os colonizadores divertiam-se, promovendo corridas nas ruas das vilas pelas estradas dos campos, perto das plantações, com distância de um quarto de milha (402 metros), originando o nome do cavalo.
Foi fundada em 15 de março de 1940 a American Quarter Horse Association (AQHA), em College Station, Texas. Em 1946, a AQHA se transferiu para Amarillo, Texas, onde se encontra até hoje, tornando-se a maior associação de criadores do mundo.
Padrão Racial
Tendo em vista que o Quarto de Milha é um cavalo de sela, cujas peculiaridades principais são de grande utilidade nos trabalhos de fazenda e enorme velocidade em curtas distâncias, sua conformação deverá atender às seguintes características:
APARÊNCIA – de força e tranquilidade. Quando não trabalhando, deve conservar-se calmo, mantendo a própria força sob controle. Na posição parado, mantém-se reunido, com os posteriores sob a massa, apoiado nos quatro pés, podendo partir rapidamente em qualquer direção.
PELAGEM – admite-se que a pelagem do Quarto de Milha possa ser alazã, alazã tostada, baia, baia amarilha ou palomina, castanha, rosilha, tordilha, lobuna, preta e zaina. Não serão admitidos para registro animais pampas, pintados e brancos, em todas as suas variedades.
ANDAMENTO – harmonioso, em reta, natural, baixo. O pé levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo.
ALTURA – são cavalos cuja altura é, em média, de 1,50m. São robustos e muito musculados.
PESO – 500 quilogramas, em média.
CABEÇA – pequena e leve. em posição normal, deve-se ligar ao pescoço em ângulo de 45º. Perfil anterior reto.
FACES – cheias, grandes, muito musculosas, redondas e chatas, vistas de lado; discretamente convexas e abertas de dentro para fora, vistas de frente, o que proporciona ganachas bem mais largas que a garganta. Desta forma, a flexão da cabeça é muito acentuada, permitindo grande obediença às rédeas.
FRONTE – ampla.
ORELHAS – pequenas, alertas, bem distanciadas entre si.
OLHOS – grandes e, devido ao fato de a testa ser larga, bem afastados entre si permitindo um amplo campo visual, tanto para frente como para trás, ao mesmo tempo, com o mesmo olho.
NARINAS – grandes.
BOCA – pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras.
FOCINHO – pequeno.
PESCOÇO – comprimento médio. Deve inserir-se no tronco em ângulo de 45º, porém bem destacado do mesmo. Somente a junção ente o pescoço e a cernelha deve ser gradual.
BORDO INFERIOR – do pescoço é comparativamente reto e deve destacar-se nitidamente do tronco, assegurando flexibilidade.
BORDO SUPERIOR – é reto, quando o cavalo está com a cabeça na posição normal.
MUSCULATURA – bem pronunciada, tanto vista de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. O Quarto de Milha, quando em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo assim, usá-la melhor e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela.
TRONCO – da cernelha ao lombo deve ser curto e bem musculado: não “selado” especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. De perfil, é aceitável o declive gradual de 5º a 8º da garupa à base da cernelha. O vértice da cernelha e a junção do lombo com a garupa devem estar aproximadamente no mesmo nível.
CERNELHA – bem definida, de altura e espessura médias.
DORSO – bem musculado ao lado das vértebras e, visto de perfil, com muita discreta inclinação de trás para frente. tendo aparência semi-chata, o arreamento comum deve cobrir toda essa área.
LOMBO – curto, com musculatura acentuadamente forte.
GARUPA – longa, discretamente inclinada para permitir ao animal manter os posteriores normalmente embaixo da massa (engajamento natural).
PEITO – profundo e amplo. O peito visto de perfil deve ultrapassar nitidamente a linha dos antebraços, estreitando-se porém, no ponto superior da curvatura, de forma a diferenciar-se nitidamente do pescoço. Vista de frente, a interaxila tem forma de “V” invertido, devido à desenvolvida musculatura dos braços e antebraços.
Membros Anteriores
ESPÁDUA – deve ter ângulo de aproximadamente 45º, denotado, equilibrio e permitindo absorção dos choques transmitidos pelos membros.
BRAÇOS – musculosos, interna e externamente.
ANTEBRAÇOS – o prolongamento da musculatura interna dos braços proporciona ao bordo inferior do peito, quando visto de frente, a forma de “V” invertido, dando ao cavalo a aparência atlética e saudável. Externamente, a musculatura do antebraço também é pronunciada. O comprimento do antebraço é um terço a um quarto menor que a canela.
JOELHOS – vistos de frente são cheios, grandes e redondos, vistos de perfil, retos e sem desvios.
CANELAS – não muito curtas. Vistas de lado, são chatas, seguindo o prumo do joelho ao boleto; vistas de frente, igualmente sem desvios.
QUARTELAS – de comprimento médio, limpas, em ângulo de 45º, idêntico a da espádua, e continuam pelos cascos com a mesma inclinação.
CASCOS – de tamanho médio, formato aproximadamente semi-circular, com talões bem afastados, sem desvios.
Membros Posteriores
COXAS – longas, largas, planas, poderosas, bem conformadas, fortemente musculadas, mais largas que a garupa.
SOLDRA – recoberta por musculatura bem destacada, poderosa.
PERNAS – muito musculosas. Essencialmente importante é o desenvolvimento muscular homogêneo, tanto interna, quanto externamente.
JARRETES – baixos. Por trás, são largos, limpos, aprumados; de perfil, largos, poderosos, estendendo-se em reta até os boletos.
CANELAS – mais largas, discretamente mais longas e mais grossas que as anteriores. De lado, são chatas. São convenientes canelas mais curtas, tornando o jarrete mais próximo do solo, permitindo voltas rápidas e paradas curtas.
QUARTELAS – discretamente mais fortes que as anteriores, porém com a mes ma inclinação.
CASCOS – menores que os anteriores, oblongos.
CAUDA – medianamente inserida, elegante com pelos grossos.
O Índice de Velocidade do animal, é calculado pelo tempo que um animal percorreu em determinada distância, e varia de acordo com o Jockey Clube que ele correu.
Ex: animal que marcou no Jockey Clube de Sorocaba nos 402 metros 21,51s, com 53 kilos de peso do jockey, recebe o índice de velocidade 100. Cada 4 centésimos a mais que ele leva para percorrer os mesmos 401 metros, ele perde 1 índice, ou seja, se fizer a distância em 21,55s ele terá índice 99, e se fizer em menos tempo, como 21, 47s ele tem índice 101.
Quando ele faz índice de 80 a 89, recebe o Registro de Mérito AA (double A), quando faz de 90 a 99, recebe AAA (Triple A), e quando faz acima de 100 de índice, seu Registro de Mérito é AAAT (Top Triple A)
Porém, você deve ficar atento em alguns fatos importantíssimos, que podem te fazer analisar o índice de forma errada.
A primeira é saber se ele correu PADOCK (onde não tem exame antidoping após a corrida) ou se correu numa prova com Antidoping. De 2009 a 2012 o Jockey Clube de Sorocaba, utilizava a mesma tabela para provas de Padock e antidoping, o que distorce os índices, já que nas provas de Padock os animais são mais rápidos.
Outro fato importante é avaliar o peso do jockey. Os índices, são para cavalos que correram com peso do jockey de 53 kilos. A cada kilo a menos do jockey, acrescentase 0,05 segundo a mais no seu tempo para apuração de índice. Se um cavalo correr de 53 kilos e fizer 21,51s nos 402 metros em Sorocaba terá índice AAAT 100. Se ele correr de 51 kilos, nos mesmos 21,51s, acrescenta-se 0,05 x 2 = 0,10 s, portanto para índice ele terá feito 21,61s para obtenção de índice, e terá índice AAA 97.
Outro fato importante é o Jockey Clube onde correm:
Como é definida a Tabela de índice de Velocidade?
De acordo com as regras da AQHA e da ABQM, a cada ano e para cada pista reconhecida, a ABQM ou a AQHA seleciona os três melhores tempos em cada distância (sem repetir o animal) em cada um dos três últimos anos e tira a média destes nove tempos, para encontrar então o tempo que representará o novo índice de Velocidade 100. A Tabela de índice de Sorocaba está desatualizada.
Por que não usar o mesmo índice para todas as pistas?
Porque o piso, as condições atmosféricas variam de lugar para lugar.
Nas pistas onde correrm os melhores cavalos o índice é mais difícil de fazer melhor índice. Por exemplo, o maior hipódromo de corridas de Quarto de Milha do mundo, LOS ALAMITOS, é o lugar mais difícil do mundo para se fazer índice, pois lá correm os melhores cavalos do mundo.
O Haras Vista Verde realiza um leilão anual e participa de outros eventos durante o ano, por isso oferece a oportunidade para jovens entusiasmados, interessados em aprendizado na preparação de animais para leilão.
O período será de outubro a março.
As responsabilidades incluem, E NÃO SE LIMITAM A:
Observação diária dos animais que vão a leilão.
Escovação Diária
Limpeza das baias
Banhos ocasionais
Acompanhamento dos animais no "Walker" ou na guia
Assistência ao veterinário residente
Assistência aos ferreiros e casqueadores
Cuidado com a alimentação dos animais
Soltar e recolher animais dos piquetes
Interessados devem enviar currículo por e-mail para: cristina@harasvistaverde.com.br
O Haras Vista Verde realiza um leilão anual e participa de outros eventos durante o ano, por isso oferece a oportunidade para jovens entusiasmados, interessados em aprendizado na preparação de animais para leilão.
O período será de outubro a março.
As responsabilidades incluem, E NÃO SE LIMITAM A:
Observação diária dos animais que vão a leilão.
Escovação Diária
Limpeza das baias
Banhos ocasionais
Acompanhamento dos animais no "Walker" ou na guia
Assistência ao veterinário residente
Assistência aos ferreiros e casqueadores
Cuidado com a alimentação dos animais
Soltar e recolher animais dos piquetes
Interessados devem enviar currículo por e-mail para: cristina@harasvistaverde.com.br
O Haras Vista Verde oferece a oportunidade para dois estudantes entusiasmados e motivados para a próxima Temporada de Monta.
Os Auxiliares de Temporada de Monta devem estar disponíveis de aproximadamente 1º de julho à Dezembro.
O Haras Vista Verde é um haras que trabalha entre 50 e 70 éguas próprias e de terceiros durante a Temporada de Monta. Utiliza garanhões alojados nas principais centrais e cria 30/40 potros por ano, entre próprios e de terceiros.
As responsabilidades incluem, E NÃO SE LIMITAM A:
Manejo das éguas paridas durante os exames reprodutivos, trazendo-as dos pastos aos veterinários responsáveis.
Cuidar diariamente da limpeza das áreas destinadas a Temporada de Monta.
Cuidar das éguas prenhes a parir.
Ajudar os veterinários e assistentes nos tratamentos médicos.
Auxiliar e segurar animais durante a visita dos responsáveis pelo casqueamento e ferrageamento dos animais.
Limpeza dos materiais de Inseminação Artificial e Transferência de Embriões.
Interessados devem enviar currículo por e-mail para: cristina@harasvistaverde.com.br
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