Depois de uma disputa frenética entre o nacional UÍSQUE VERDE da criação do Haras Vista Verde e propriedade do STUD REUNIDOS (composto de 6 dos sócios do STUD DOS AMIGOS), e o importado First To Jess, a comissão de corrida se reuniu por mais de meia hora antes de anunciar o resultado por diferença mínima. JULGUE VOCÊ TAMBÉM, a disputa incrível entre UÍSQUE VERDE (cavalo # 3) e First To Jess (#6).

Difícil né? Esta é a verdadeira expressão: “por um fio…”

Foram minutos de angústia e diria até que para mim, foram minutos de análise e reflexão… Todo o jockey estava ansioso e pude perceber que a grande torcida estava para o cavalo que correu no nome do Haras Brasil, e que pertence ao Cowboy, Haras Brasil e outro sócio: First To Jess, este mesmo grande cavalo que ganhou há um mês o GP Rei da Velocidade.

Digo análise e reflexão, por vários motivos. Em primeiro lugar pois estava seguro no julgamento da comissão de corridas do Jockey Clube de Sorocaba, que é idônea e faria o julgamento mais certo possível.

Em segundo lugar me senti com a missão cumprida. Ganhando ou perdendo, foi uma final digna de dois campeões, e que o vencedor ou o empate, seria positivo para ambos atletas que lutaram até o final. Senti que o que prometi aos donos do UÍSQUE era a mais pura verdade. UÍSQUE VERDE, pertence hoje a um grupo de 6 proprietários que começaram conosco no STUD DOS AMIGOS. A regra do STUD DOS AMIGOS é vender os animais no final da campanha que eles fazem aos dois anos. Terminada a campanha de dois anos do UÍSQUE VERDE, chegou a hora de vende-lo. Convidamos os sócios do STUD a comprá-lo em sociedade e continuar correndo UÍSQUE em 2014. Montamos então o STUD REUNIDOS e compramos o UÍSQUE VERDE no Leilão Vista Verde e Amigos, ocorrido em fevereiro deste ano. JORGE CABALLERO de Assunção Paraguai, confirmou sua parceria e é um dos sócios do UÍSQUE. RICARDO MURADAS de Campinas é sócio também. GILBERTO AQUINO do Rio de Janeiro, Mauro Eli Zaborowsky e Marcos Zaborowsky do Haras Vista Verde ficaram como sócios e finalmente LUIZ MIRANDA, também do Rio de Janeiro, completou a sociedade dona de UÍSQUE VERDE. Este último, LUIZ MIRANDA que não pode vir a corrida, pois corria na mesma hora um outro Grande Prêmio de PSI no Rio de Janeiro, onde também perdeu por um fio…

Finalmente tive momentos de reflexão… Cada um naquele jockey torce por um resultado na final. Uns para o UÍSQUE, outros (a maioria) torciam para o outro cavalo. Sabem o que isto me afetou? NADA. Como é que podemos pedir para alguém torcer por nós? Concorda que cada um tem um motivo para sua torcida? Uns jogaram no outro cavalo, cada um tem diferente preferência e é isso que faz do esporte emocionante.

Me fez lembrar de uma vez que havia um cavalo no Jockey Clube de Sorocaba e ele vinha de 4 vitórias seguidas. Todos torciam para ele, pois todos gostam do craque, e quando surge um craque é gostoso torcer pra ele. Foi assim com ZENYATTA. Foi assim com CALIFORNIA CHROME nos Estados Unidos, onde todos os americanos estavam torcendo para que se tornasse um Tríplice Coroado… Mas voltando ao nosso craque de Sorocaba com 4 vitórias, seu proprietário ficou anos sem falar comigo afirmando que eu tinha torcido contra ele naquela quinta corrida… kkk! Em primeiro lugar eu não torcia contra ele, em segundo, todos ficamos em choque quando o cavalo perdeu, e em último lugar, mesmo que eu estivesse torcendo contra (o que não aconteceu… torço pelo craque), levar isso para o lado pessoal é o cúmulo da ignorância…

Nesta tarde de domingo, curtimos 30 minutos extra de emoção e ansiedade. Ganhamos? Empatou ou perdemos? Nos confraternizamos com os donos do outro cavalo, com os outros torcedores… Foi muito divertido (ficaria mais se a vitória fosse nossa, é lógico), mas foi esportivamente emocionante. Todos, torcendo por um ou por outro, brincavam olhando a sala de julgamento da comissão de corrida.

Perder uma corrida “por um fio” reforça nosso espírito esportivo, e nos faz refletir e melhorar em cada item de nossa criação para numa próxima, ganharmos “por um fio”…