junho 03, 2016 Por Haras Vista Verde

Transparência, idoneidade, é a chave do crescimento. Parabéns comissão de corridas

Acho que quanto mais transparência tivermos, mais lindo, justo, competitivo será o turfe no Brasil e especialmente no Jockey Clube de Sorocaba.

Neste final de semana, num páreo despretensioso, dois animais de um mesmo treinador foram acintosamente “puxados”, “segurados”, o que fere as leis do Turfe, a idoneidade dos páreos, e é um “golpe” ao apostador, que sem conhecer estas “estratégias”, joga num cavalo, coloca seu dinheiro, e  perde. Perde porque “seguraram os cavalos”, e não porque o outro cavalo é melhor.

Eu mesmo, no enfrene, joguei duas “pules” num dos cavalos “puxados”.

Tem hora que questiono o ser Humano. Como ele pode ser tão trapaceiro. Isto é cultural. É brasileiro. É legal levar vantagem. É legal trapacear. Será? Outro dia vi um post mostrando situações de honestidade em outros países e senti inveja. Será que um dia o brasileiro vai mudar? Será que acabam as propinas? As vantagens para quem dá mais? Ainda tenho esperança.

Uma esperança que foi redobrada, quando a comissão de corridas do Jockey Clube de Sorocaba, formada por veterinários e profissionais competentes, percebeu a “puxada” nos cavalos mencionados e puniu seu treinador e seus jóqueis.

COMISSAO DE CORRIDAIMG_7775

Nossa comissão de corridas é honesta. Pode até errar, mas sem intenção, e isso nos motiva a continuar a luta pelo turfe sério.

O Haras Vista Verde vai continuar lutando contra as drogas, a favor do DRUGS FREE. Do turfe, LIVRE DAS DROGAS.

Vamos lutar contra aqueles que criam animais nascidos em abril e maio, e os registram como nascidos em julho. NÃO É JUSTO, querer levar vantagem tendo um cavalo 3 ou 4 meses mais velho que todos. É contra as regras. Você acha justo um criador seguir as normas, cobrir suas éguas em agosto, ter seus nascimentos a partir de julho, e outro cobrir em maio, ter os potros nascidos em abril, registrá-los como nascidos em julho, e competirem de igual para igual?

O pior é que isto é estelionato. Desculpem a expressão, mas este cavalo é vendido como nascido em julho, só que nasceu em abril ou maio. O que se fez com o comprador? Enganou-o. O que significa enganar um comprador? Estelionato!

É tão mais fácil fazer o certo.

Comissão de corridas do Jockey: PARABÉNS! Estou orgulhoso de vocês.

Mais uma sugestão importante: façam formar os páreos com qualquer número de cavalos inscritos (quem gasta tem direito de correr). Mesmo que seja com um prêmio menor.

Um sujeito que tem um cavalo, tem o direito de corre-lo. É sua alegria. Se vocês começarem a formar páreos com 3 e até 2 animais, GARANTO QUE OS TREINADORES INSCREVERÃO MAIS. Já abrimos o jockey. Qual a diferença de ter 7 ou 15 páreos? A diferença é mais alegria, mais gente envolvida e nosso Quarto de Milha e nosso Jockey crescendo.

“É fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho”? Mais corridas, geram mais inscrições!

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abril 27, 2016 Por Haras Vista Verde

Quantos Quarto de Milha correm por ano nos Estados Unidos?

Uma curiosidade para alguns criadores, proprietários e dirigentes: Afinal, quantos cavalos Quarto de Milha correm por ano nas pistas americanas?

15.000! 15.064 cavalos, para ser exato, foi a média de animais que correm por ano nos EUA (média dos últimos 3 anos). Boa parte destes animais que correm, conseguimos acompanhar, para buscar as melhores genéticas para o nosso plantel.

Quais são as distâncias que mais corridas são realizadas?

A maior parte das corridas realizadas nos diversos hipódromos dos Estados Unidos são nas distâncias de 300 jardas (275 metros) e 350 jardas (320 metros). Em seguida as distâncias de 400 jardas (365 metros) e 330 jardas (301metros):

  • 1.947 corridas em 300 jardas – 275 metros
  • 1.927 corridas em 350 jardas – 320 metros
  • 962 corridas em 400 jardas – 365 metros
  • 897 corridas em 330 jardas – 897 metros
  • 676 corridas em 250 jardas – 220 metros
  • 562 corridas em 870 jardas – 800 metros
  • 314 corridas em 440 jardas – 402 metros
  • 309 corridas em 220 jardas – 200 metros

Esta é uma importante informação aos donos de hipódromos, presidentes e administradores de Jockeys Clubes aqui do Brasil, pois notem que mais de 75% das corridas (5.756 sobre um total de 7.594) são realizadas em distâncias até 320 metros (350 jardas). Mais de 3/4 das corridas são de curta distância, ou seja corridas para o nosso Quarto de Milha.

Analisando ainda mais a fundo, 88% das corridas são para distância inferiores a 400 metros.

Sabe porquê? Porque nos EUA os hipódromos tem dono, e dono quer lucro, quer mais cavalos correndo, mais proprietários participando das corridas, mais gente feliz.

Os animais Quarto de Milha, em distâncias menores, são muito equivalentes e por isso as corridas se tornam mais emocionantes. Numa corrida de 275 metros (a distância com maior número de corridas), os cavalos “chegam juntos”, e o proprietário que perdeu, diz “Na próxima vez eu ganho”, e mantém seus animais em treinamento.

Numa corrida de 402 metros, a distância entre o bom e o ruim, é grande, e o que perdeu, leva seu cavalo embora, vende para o tambor, para a vaquejada, pois sabe que dificilmente ganhará daquele que o venceu facilmente. Custa caro manter um animal que você viu chegar muito longe do vencedor.

Enquanto não tivermos a humildade de imitar e copiar os americanos, continuaremos os “inteligentes”, os “super brasileiros” que sabem tudo.

Meu pai uma vez me falou o seguinte: “O dia que Banco emprestar dinheiro sem cobrar juros, pode fazer igual, pois eles já estudaram e analisaram todas as propostas possíveis, e descobriram que isso é o bom negócio”.

Eu digo o mesmo sobre o Cavalo Quarto de Milha de Corrida em relação aos Americanos. Por quê temos que inventar? Basta copiá-los. Eles já estudaram tudo, já analisaram tudo. Tem 15.000 cavalos correndo por ano. Por quê não copiá-los? Por quê não usar a fórmula deles, testada e aprovada? Por quê não correr nas distâncias que eles correm? Por quê não fazer exames antidoping em tudo, como eles fazem? Por quê não combater as drogas nos animais como eles fazem?

Quarter Horse Racing at Miles City Montana

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janeiro 13, 2016 Por Haras Vista Verde

Mais uma vitória na luta para o antidoping TOTAL

Tenho muito contato com criadores, e profissionais do meio do cavalo Quarto de Milha de Corrida nos Estados Unidos. Várias destas pessoas construímos uma amizade ao longo destes nossos 26 anos de criação, indo de uma a duas vezes ao ano, para os States, em busca de conhecimento, e bons pedigrees.

Se tem uma pessoa que “tiro meu chapéu” é o “Dr. Allred”. Mesmo sem ter grande amizade com este criador líder de estatística nos Estados Unidos e dono do Hipódromo de Los Alamitos, não posso deixar de relatar a luta incondicional que este senhor fez e continua fazendo pelo TURFE LIVRE DE DROGAS, o nosso famoso DRUGS FREE.

Dr. Allred sempre defendeu o DRUGS FREE, mesmo quando isto lhe custou inconvenientes financeiros, pois ao proibir definitivamente o uso de CLEMBUTEROL (Conhecido também pelo nome comercial Ventipulmin) em todos os animais alojados em Los Alamitos, e ao “brigar” pelo exame antidoping feito com o “pelo” do animal, que acusa o uso desta droga, mesmo que muito antigamente, vários animais deixaram de correr em Los Alamitos, pois tinham o “clembuterol” no sangue e isto apareceria nos exames.

Dr. Allred teve que cancelar um dia de corridas por semana em Los Alamitos, arcar com custos altos de manter o hipódromo. Brigou com “gente grande” que quer ganhar a qualquer custo.

No fim: “ele venceu”! Como sempre vencerá o que é de bom senso e o que é correto.

Os principais hipódromos estão indo para o mesmo lado que Dr. Allred.

A AQHA confirmou sua total aderência ao abolir o clembuterol, e ratificou isto, oficializando que o próximo CHALLENGE NIGHT, ou seja a disputa do CHALLENGE voltará a Los Alamitos em 2016. Nele, haverá teste para clembuterol a partir de análise de amostras de pelo dos animais participantes.

challenge em Los Al

Sem dúvida, uma vitória do TURFE LIMPO. O mesmo turfe que temos hoje em Sorocaba, onde apenas duas provas em 2016 serão sem antidpoing, o Brazilian Futurity e o Megarace, mas que de acordo com o atual Presidente do Jockey Clube de Sorocaba – Érico Braga – e o Vice-Presidente e futuro Presidente Jonatas Dantas, também serão antidpoing a partir de 2017.

Lógico que pode acontecer uma diminuição de cavalos participantes, ou de receitas, como aconteceu com Los Alamitos no primeiro momento, mas uma hora tudo volta a normalidade e em grande estilo, pois privilegia quem investe em NUMASAGE (NUTRIÇÀO, MANEJO, SANIDADE e GENÉTICA).

As provas sem antidoping, afugentam os parceiros. Quem vai disputar uma corrida contra “antigos” que sabem como dopar cavalos, melhor? Quem vai disputar corridas, pagando valores enormes a veterinários que usam medicamentos que ninguém sabe quais são?

Correr com antidpoing é mais barato e mais justo.

A AQHA promove o CHALLENGE e convida o vencedor do CHALLENGE da América do Sul para a grande final em Los Alamitos, com uma bolsa de mais de R$ 1.400.000,00COM ANTIDOPING! Não existe nada melhor que isso.

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dezembro 27, 2015 Por Haras Vista Verde

FELIZ 2016! São os votos do Haras Vista Verde

Com a real esperança que todos os nossos amigos do meio do cavalo tenham passado um santo e familiar Natal, desejamos um 2.016 repleto de alegria, saúde e muito amor!

Nossa paixão pelos cavalos nos faz ultrapassar todos os obstáculos, pois nada pode nos conter, afinal nossa paixão exige sacrifícios, dedicação e investimentos, o que nos faz estar sempre alertas e comprometidos, buscando formas inteligentes e inovadoras para manter nossa paixão viva.

Sou um apaixonado pela criação de animais. Pela melhoria genética, por pensar, dedicar, trabalhar e agir buscando melhorias de centésimos de segundos no Quarto de Milha de Corrida.

2.016 será um ano muito especial para nós, e isto tenho certeza. Todas as situações, que possam vir acontecer no próximo ano em nosso país, repleto de incertezas, não afetará nossa paixão.

2.016 iniciaremos novamente o alfabeto. Você leu um “post” anterior que fala das Lógicas dos nomes Vista Verde. Cada ano iniciamos com a próxima letra do alfabeto. Depois de 26 anos de tradição, acabou o alfabeto e iniciaremos 2.016 novamente dando nomes com a letra “A”. Isto significa TRADIÇÃO, uma “TRADIÇÃO DE A a Z”.

Em visita a uma praia, estava decidindo com minha esposa sobre onde almoçar. Haviam dois restaurantes a beira-mar. Um deles dizia: “20 anos de tradição”, o outro era novo, bonito e com cozinheiros vindos da Itália para a temporada.

Resolvemos experimentar os dois, lógico que um a cada dia. Raramente comemos tão gostoso como no de “20 anos de tradição”. Foi tão bom, que quisemos repetir. Não é que o novo restaurante não nos serviu uma comida boa, ao contrário, tinham também bons pratos, muitos importados, mas faltava TRADIÇÃO (manejo), algo que só se consegue com tempo. Não dá para “cortar caminho”.

Traduzindo para o cavalo, o que esta experiência nos confirmou, é que não adianta apenas ter boa genética, importada, vontade de fazer bem feito… a “tradição” é muito importante. A “TRADIÇÃO” nos faz conseguir algo que chamamos de “SABER O CAMINHO” (os gringos falam: “you know the way”).

Nada acontece por acaso, tudo é fruto de um manejo primoroso, uma pastagem cuidadosamente zelada a 26 anos, aprimorada para buscar os melhores nutrientes possíveis do solo. Uma genética aprimorada, com cruzamentos que deram certo. Um time selecionado. Hoje percebi o que é tradição até quando tratava nossas receptoras. Os “ventres de aluguel”. Até nosso time de receptoras vem de uma seleção com melhoramento genético.

Aprendi a forma de se conseguir tradição e resultados. Ambos vêm de um projeto baseado em:

  • Tempo,
  • Disciplina
  • Regras e
  • Procedimentos.

 

O tempo necessário para a árvore crescer, o pasto se consolidar, o time ser montado, o conhecimento adquirido, dezenas de viagens de aprendizado, muito “umbigo no balcão”.

A disciplina, é um dos atributos mais difíceis de se construir. Disciplina significa “pagar o preço”. Em tudo na vida se exige disciplina. Disciplina para comer, beber, fumar, namorar, trabalhar, criar cavalos. Tudo que é feito sem disciplina gera maus resultados. Você já viu alguém que come indisciplinadamente, ou que bebe, sem disciplina, chato né…

Procedimento, nos ajuda a “SABER O CAMINHO”. Se você cria cavalos de corrida sem procedimento e erra, nunca saberá onde errou. O pior é que se acerta, também não sabe onde acertou.

Trabalhar sobre as regras. Quando regra são descumpridas, um quer levar vantagem sobre o outro e isso acaba com a credibilidade. Por isto existem regras a serem cumpridas no trânsito, na vida, na criação.

Nós estabelecemos nossas regras: competir digna e honestamente! Não fazemos potros nascidos fora de temporada e registrados na temporada. Não criamos artificialmente com hormônios ou anabolizantes que desvirtuam a criação ou que proporcionam um crescimento artificial aos nossos animais. Defendemos o DRUGS FREE.

Isto nos fez estar entre os 3 melhores criadores de corrida do Brasil nos anos 2.000. Apenas outros 2 haras tiveram animais que somaram mais vitórias que os do Vista Verde. Um deles não existe mais e o outro é o do nosso Presidente Érico Braga.

Muito mais que isto, nossa criação nos ajuda a ter amigos em todas os estados Brasileiros e em vários países do mundo.

Somos muito bem recebidos por todos.

Veja esta retrospectiva interessante: Tive o privilégio de receber uma visita de uma Comitiva Internacional dos Estados Unidos. Neste ano, visitei vários e importantes Haras nos EUA. Nossos veterinários estagiaram no LAZY E RANCH, no 6666 RANCH, no ROYAL VISTA. Fui a POSADAS na ARGENTINA, participar do CHALLENGE. Fomos a PARAGUARI no PARAGUAI, participar de corridas e leilão. Fomos a FORTALEZA, participar do leilão e das corridas daquela capital. Com alegria visitamos o HARAS PRIMAVERA em CANINDÉ, do amigo RAFAEL LEAL. Fomos a SALVADOR no leilão de DUDA MENDONÇA. Acompanhamos pessoalmente a festa dos Campeões Mundiais de Corridas da AQHA em OKLAHOMA CITY. Participamos do leilão e das corridas em LOS ALAMITOS na CALIFÓRNIA.

Fomos convidados ao AWARD da ABQM durante a Convenção 2015, para receber o prêmio de “Melhor Criador ABQM de Corrida de 2014”, isto é parte do que o cavalo nos presenteou em 2.015.

Desejamos a todos que em 2.016 tenham muitas alegrias e sonhos conquistados nos cavalos e na vida.

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