Sem a menor dúvida você já ouviu falar deste treinador, que se não me engano, já ganhou sete vezes o Kentucky Derby, a prova mais divulgada no Turfe mundial.
Baffert foi informado em 17 de maio, de que não era bem-vindo para correr nas três pistas da NYRA (New York Racing Association) – Saratoga, Belmont Park e Aqueduct – após a divulgação de que Medina Spirit havia testado positivo para betametasona após vencer o KENTUCKY DERBY deste ano. Essa revelação foi posteriormente confirmada por testes de amostra divididas em dois laboratórios diferentes aprovados pela Kentucky Horse Racing Commission, mas nenhuma decisão foi emitida sobre essas descobertas. Em 14 de junho, Baffert entrou com uma ação contra seu banimento a NYRA.
O objetivo da suspensão é “proteger a saúde e a segurança dos participantes do Esporte”, por repetidas falhas em testes de drogas, incluindo mais recentemente a corrida mais famosa e altamente visível das corridas americanas, o Kentucky Derby. Tudo isso, segundo o THOUROBREED RACING NEWS.
“As regras de medicação para eqüinos têm como objetivo proteger a saúde e a segurança e garantir condições de concorrência equitativas para corridas e apostas. Seja por má conduta, descuido ou atitude arrogante em relação às regras de medicação, os cavalos sob a custódia e cuidados do Sr. Baffert provaram estar significativamente envolvidos em violações de medicamentos. Ele é o único responsável por esse estado de coisas”, afirma READ, advogado do THE JOCKEY CLUB, que protege as corridas.
A descoberta da betametasona no Derby de 2021 foi o quinto teste de drogas positivo em um cavalo de Baffert. No ano passado (dois outros foram para lidocaína, um foi para dextrorfano e outro também para betametasona). Simultaneamente, Baffert se envolveu em uma longa batalha judicial na Califórnia, sobre a possibilidade de desqualificar Justify, vencedor da prova da Triplice Coroa de 2018, do Santa Anita Derby daquele ano, por causa de uma descoberta de escopolamina.
READ escreveu no comunicado, que, o interesse do TJC neste caso, “é mais amplo do que qualquer personalidade, ou pista de corrida em particular. Do ponto de vista do TJC, a fim de proteger a saúde e segurança dos participantes do esporte e manter a confiança do público na integridade das corridas e apostas, os dirigentes dos hipódromos de corrida, devem ter o direito de suspender imediatamente um treinador ou qualquer outra pessoa responsável pela administração de medicamentos que resultem em uma violação. Tanto faz quem é o treinador, seu nível de influência, para quem ele trabalha e a história e passado que ele tenha.
É só com esta seriedade, que o sucesso e a credibilidade nas corridas de cavalos acontecem. Esta foi a nossa grande luta para o DRUGS FREE, o esporte livre das drogas, durante nossa gestão no Jockey Club de Sorocaba. Exames feitos nos Estados Unidos, contratação do Consultor Dr. Thomas Wolff, autonomia total a comissão de corridas.
Há casos, como o que a Comissão de Corridas do Jockey Club de Sorocaba teve que declarar em sua Resolução 12/2021 de 10 de junho de 2021, que iria, “Abrir sindicância a fim de apurar os fatos pela reiterada ocorrência de doping numa determinada cocheira …. Sendo o intuito da referida sindicância a apuração de responsabilidade administrativa, civil e criminal dos eventuais autores de fatos ilícitos a serem constatados”, já que nesta determinada cocheira, nos últimos 2 anos, houveram 4 suspensões de treinadores, todos parentes entre si:
REUNIÃO 04/2020 – 06/06/2020 – RESOLUÇÃO # 10/2020 – Corrida # 5
REUNIÃO 17/2020 – 05/12/2020 – RESOLUÇÃO # 22/2020 – Corrida # 2
REUNIÃO 03/2021 – 14/04/2021 – RESOLUÇÃO # 07/2021 -Corrida # 4 e Corrida # 7
REUNIÃO 06/2021 – 22/05/2021 – RESOLUÇÃO # 12/2021 – Corrida # 1 e Corrida # 5
A comunidade deve continuar lutando para o esporte livre das drogas, para que nosso esporte tenha perenidade, credibilidade e acima de tudo justiça.
Não se pode abalar a credibilidade de um treinador, criador, garanhão.