Criação brasileira de PSI (cavalo Puro Sangue Inglês) cai novamente
Quem gosta de cavalos, gosta de cavalos de todas as raças. Quem gosta de corridas, gosta de corridas de cavalos de todas as raças, mas é lógico que podemos ter a nossa preferência que como sabem é da raça Quarto de Milha e pelas corridas de curta distância.
Isto é uma questão pessoal. Acho o cavalo Quarto de Milha o cavalo mais bonito que existe, nem se comparando ao Puro Sangue Ingles.
Quando um amigo me pergunto qual a diferença do Quarto de Milha para o Puro Sangue, sempre dou uma explicação simples, e que hoje, véspera das Olimpíadas, fica até mais fácil de entender.
O Cavalo Quarto de Milha é um cavalo de explosão, curta distância e tem a morfologia de um bicho forte, musculado, igual ao corredor de 100, 200 ou 400 metros rasos na Olimpíada. Veja o corpo de um USAIN BOLT – forte, grande, musculoso. Um atleta de explosão.
Já o Cavalo PSI – Puro Sangue de Corrida, é para distâncias maiores, de 1.000 a 3.000 metros, que se comparam aos maratonistas ou corredores de 5.000 ou 10.000 metros. São pessoas e cavalos mais esguios, finos.
Prefiro o Quarto de Milha com mais peito e bunda (dizem que é porque trabalho com lingerie, daí a preferência por peito e bunda), mas o Quarto de Milha é muito mais bonito.
Fora a morfologia, gosto do estilo “Country” do Quarto de Milha, mais do que o estilo “sofisticado” do PSI.
O estilo Quarto de Milha é mais rural, o PSI mais Urbano.
Tirando isto de lado, infelizmente a má administração do Hipódromo de Cidade Jardim, e outros hipódromos de PSI, fizeram com que a raça de cavalos, com o esporte mais rico do mundo, diminuisse demais no Brasil, desestimulando proprietários e criadores.
Os números comprovam o desgaste. Nos últimos 5 anos (para não voltar muito no tempo), de quase 4.000 éguas cobertas PSI em 2010, este número caiu para pouco mais de 2.400 éguas em 2015 = mais de 40% de queda.
O número de criadores caiu de 400 para 280, e o de produtos, de quase 3.000 produzidos em 201 para menos de 2.000 em 2015.
Uma pena total… apenas 280 criadores. Isto significa menos emprego, menos visibilidade para o esporte, menos interesse pelo cavalo.
Sem falar que estes números já foram de 9.000 éguas cobertas em 1988, mais de 900 garanhões utilizados (hoje foram 170), 5.000 produtos produzidos, por 1.500 criadores.
É por isto, que sou o maior fã, luto e ajudo no que posso o Quarto de Milha de Corrida. Por isto que sou “lutador” no Jockey Clube de Sorocaba e apoio e ajudo qualquer Presidente ou Diretor que tenha foco no trabalho, no cavalo, nas corridas, na criação, e não no dinheiro, no populismo, na vontade de aparecer politicamente.
Estamos no melhor momento no Jockey Clube de Sorocaba. 2016 bateremos o récorde de apostas e de cavalos correndo.
Parabéns ao Presidente Érico Braga e sua equipe de Diretores.